Um ano após o RGPD, o que mudou?
A 25 de Maio de 2018, entrou em vigor o Regulamento Geral de Proteção de Dados, mais conhecido por RGPD.
Aprovado em 2016, ganhou popularidade no ano passado graças ao “pânico” que criou nas empresas com o aproximar do prazo final para a sua aplicação.
Na ótica do Marketing Digital, o tratamento dos dados era e é a grande preocupação do Regulamento Geral de Proteção de Dados. A aproximação da data para aplicação das normas do Regulamento Geral de Proteção de Dados promoveu a publicação de inúmeros artigos, reportagens e a inundação da caixa de entrada dos utilizadores com emails a requerer autorização para continuarem a ser contactados.
A não aplicação desta norma europeia abarcava penalizações que poderiam ir até 4% da faturação da empresa, pelo que as empresas se esforçaram por aplicar corretamente o RGPD.
À época, os profissionais de marketing digital sentiram que o RGPD seria muito restritivo e teria um impacto negativo nas campanhas e muitos pensaram que seria o fim de métodos como o envio de emails comerciais. As mailing lists voltariam ao zero? Muitos acreditaram que sim.
Um ano depois, sabemos que, idealmente, todos os novos contactos adicionados às listas depois da entrada em vigor do RGPD são leads realmente interessados nos materiais, conteúdos e serviços disponibilizados pelas marcas. Isto pode ser significativo para que exista interação entre as marcas e utilizadores de qualidade, permitindo um avanço mais rápido na jornada de compra e na conversão para se tornar cliente.
Um ano depois, podemos olhar para a implementação do RGPD como uma mudança positiva. Apesar do alarmismo inicial - claramente uma “tempestade num copo de água” - o RGPD tornou-se numa oportunidade para as empresas e os utilizadores reduzirem o risco de ataques aos seus dados, evitando phishing, fraudes e ataques cibernéticos.
As mudanças requerem sempre uma adaptação e a chegada do RGPD não foi exceção. Um ano depois, pode-se afirmar com segurança que o RGPD teve impacto mais positivo que negativo, tanto para as organizações como para os utilizadores da internet.